A INSUPORTÁVEL LEVEZA DE SER






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corropio


foto de Filipe Ventura Alves


Uma estrela ao nascer
é expansão em luz e brilho
E ser uma flor ao florir
é como o sol no teu olhar
uma chama imensa, o fogo eterno
incandescência em turbilhão.

Sou eu quem canta, eu quem dança, é o corropio do coração.

Uma estrela ao descer traz um desejo, um sincero crer
Neste céu a luzir, mapa divino a decifrar
como uma crença ou um apelo
a permanência da paixão.

Sou eu quem canta, eu quem dança, mas é teu meu coração.

E este desejar
que não acaba não.
Louco, procurar por algo que não seja em vão.

Uma estrela sem querer
E fui na vida
num profundo ser

com o seu reluzir
astro distante a flamejar.

Como uma dança, o fogo eterno, incandescência da paixão.

Sou eu quem lança ao mundo apelo
ao corropio do coração

E este desejar
que não acaba não
Louco, procurar o algo que não é em vão.

Dazkarieh 'Estrela de Cinco Pontas'


as palavras gastas

foto de António J.S.

(...)
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
(...)
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
(...)
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
(...)

Eugénio de Andrade

hoje e agora digo um adeus ao adeus

let's pretend




Let's not make it into a big thing
Let's not get lost in this
I know it is, I know we could
I guess we surely would
Let's pretend it's not
It doesn't mean a thing
Let's not blow it out of all sense
As though it meant so much
It's always thought about for weeks
Not every time your lips meet mine, I think of her
But when her hands reach out, I think of you

na palma da minha mão




tenho ciano, ametista, bronze, coral e quantum. sonhos meus quando o medo me deixa tombar. veias que me lembram quem és.
restos para deitar ao lixo, muitas linhas traçadas para escolher a que gosto mais. um coração a pulsar baixinho e vísceras envergonhadas.
sinto um formigueiro.
diz lá 'quem és tu, de novo' para te estender a mão.

Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga


Palma, sempre Palma.

a birra

Fartei-me de embirrar com todos.
Fartei-me de todos porque embirraram comigo.
Embirrei com lembranças e embirrei com as novidades.
Gastei lamentações e o silêncio aborreceu-me.
Voltei ao ontem, cansei-me, voltei ao hoje, não gostei, fiquei no limbo.
Quase destruí o computador pela impaciência, quando fiquei paciente, fartei-me de mim.
Fartei-me de falar e quando me calei, fartei-me mais um pouco de mim.
Saturei o espelho e ele saturou-me a mim.
Cansei-me de mim e o 'mim' também se cansou.
Entretanto perdi-me e não me vou chatear mais.

há birras e birras. esta foi uma daquelas.

2 bang bang


O que é que quer dizer uma menina gostar de um menino ou um menino gostar de uma menina? Quer dizer: fazerem tudo um pelo outro. O tudo é que pode ser maior ou mais pequenino. E o que quer dizer um menino gostar de uma menina que também gosta desse menino? Isso é o fim do mundo.

De vez em quando, muito de vez em quando, há um fim do mundo. O mais engraçado é que ninguém nota. O menos engraçado é que ninguém aprende. Isto é: ninguém sabe nem como começa nem como acaba, nem como se repete. Para dizer a verdade nem se sabe como dura um fim do mundo em que duas pessoas podem fazer tudo, são tudo, sem mais ninguém. Não está bem.

(…)

A vida não é assim uma sucessão de pequenos fins mas uma sucessão de pequenos milagres e não digo mais nada até tu chegares para te começar a morder. Só, só até doer.

(…)

Pedro Paixão, in Histórias Verdadeiras (Coração)

That awful sound, bang bang

the popping bubbles


Não te quero desvendar quantas gavetas enchi já de papéis, no desejo das palavras te lembrarem, não te quero falar dos meus sonhos ou da pele ou da carne imaginárias que procuro durante a noite, não te vou dizer que estremeço e tenho medo de trovões e nunca vais saber que gosto da chuva a bater-me na cara.

Nunca vais saber que cheiro o sabonete antes de entrar para o banho ou como eu gosto do teu sorriso. Nunca te vou contar a história de quando me enfiei com 2 anos num buraco e abri o meu lábio, porque nunca te vou mostrar que a cicatriz ainda se nota no meio do lábio. Nunca me vais ver a correr pela relva como uma menina, nunca vais saber que gosto de me descalçar no cinema. Nunca te vou mostrar os meus 27 relógios porque nunca vais saber que compro compulsivamente relógios, assim como nunca te vou contar que tenho cinco almofadas na cama.

Nunca vais saber que gosto de comer tostas em pé a ler revistas de moda. Não te vou dizer que tremo quando olhas para mim, porque também nunca te vou dizer que os teus beijos me deixam a tremer. Também nunca te vou dizer que quando ficas de boca aberta pareces um pateta. Nunca te quero dizer aquilo que espero que não te apercebas.

Porque se algum dia souberes de alguma coisa, coisas que eu nunca te vou dizer nem fazer nem contar nem mostrar, alguma das coisas que nunca vais saber... vais aperceber-te daquilo que não te quero dizer. E podes ir embora.

domingo


Há dias, sabes, em que gostava de ser como o gato e que me tocasses sem desejar encontrar quaisquer sentimentos a não ser o que se exprime num espreguiçar muito lento - um vago agradecimento? - e que depois me deixasses deitado no sofá sem que nada pudesses levar da minha alma, pois nem saberias o que dela roubar.

Pedro Paixão, Assinar a pele (conto)

um outro melhor bom dia - amanhã, talvez


Receita para o 'enquanto':
  • Manter ambos os pés no mesmo sítio. Não um à frente e outro atrás.
  • Esquecer feridas, ignorar quando a cicatriz arde na pele, não lembrar do 'quanto doeu'.
  • Apreciar a doçura de um sorriso.
  • Responder a mensagens, enviar cartas e e-mails e ligar quando bem apetecer.
  • Dançar antes e depois de tudo, a qualquer hora (ainda que pareça estranho).
  • Ficar horas em silêncio e apreciar cada um dos 60 minutos.
  • Abraçar, pelo menos, 20 vezes por dia.
  • Começar o dia com um beijo.
  • Não remoer palavras.
  • Acordar serena.
  • Enviar os textos que escrevi para quem os escrevi.
  • Sonhar acordada e não fugir.
  • Sentir saudades e ignorar as borboletas no estômago.
  • Gostar hoje e gostar mais amanhã.
Odeio planos. Odeio prazos. Odeio horas certas. Como tal, não faço ideia do 'amanhã' nem fico demasiado inquieta com tal. Não gosto do 'se', odeio o 'talvez'. Menos gosto do 'amanhã, talvez'.
Por isso, quero andar na corda bamba e quero saber que nada é meu - com a certeza de dar e ir de coração aberto [se é que ainda me lembro].

Chegou o Outono e mudei de ideias. Afinal gosto de planos.

Enquanto for só ternura de Verão | Eu vou | Enquanto a excitação der para um carinho | Eu dou| Traz uma leveza | Ah, mas com certeza| Eu dou | Um outro melhor bom dia | Mas não ficará só a sensação de cor | Nem sei o que o coração irá dizer de cor | Se o Inverno for, depois, duro demais.

Enquanto for bom.


o sonho

Para não me esquecer:



"Amor. Amor. Amor, gostava de dizer esta palavra até gastá-la ainda mais. Amor, gostava de dizer esta palavra até perder ainda mais o seu sentido. Amor. Amor. Amor, até ser uma palavra que não significa nem sequer uma ilusão, uma mentira. Amor, amor, amor, nem sequer uma mentira, nem sequer um sentimento vago e incompreensível. Amor amor amor, até ser nem sequer uma palavra banal, nem sequer a palavra mais vulgar, nem sequer uma palavra. Amoramoramor, até ao momento em que alguém diz amor e ninguém vira a cabeça para ouvir, alguém diz amor e ninguém ouve, alguém diz amor e não disse nada. Sozinho, diante da campa. O amor é a solidão."

José Luís Peixoto
in «Uma Casa Na Escuridão»

a elegia do mimo


Em tempos conturbados, senti uma necessidade quase absoluta de colocar o PC no colo e falar sobre o mimo.

Que luta temos nós de travar contra este sentimento manhoso e tão arrebatador que nos invade a espinha e nos consome o cérebro... Desesperamos sem mimo. Faz-nos falta. As 24h do dia sabem melhor quando sabemos que no final nos deitamos no sofá e temos o mimo.
Beijos são fantásticos, sexo é extraordinário [a criação mais soberba de Deus e dos Homens]. Mas o mimo... Deixarmos encostar a nossa cabeça num ombro. Deixar dedos a tocar o cabelo. Abraços apertados. Beijos na testa. Beijos no rosto. Massagens nas costas, massagens nos pés. Cócegas. MIMO. Certo é que após o mimo, o sexo é óptimo. E continua a ser óptimo se depois do sexo vier mais mimo, até os pelos se eriçarem. Para depois possivelmente haver mais sexo.

Falo de cor de sentir[es] que já não me recordo.
Costumam dizer que sou mimada. Não sou. Tenho é uma fome incansável de mimo. Uma paz que não sossega e que - apenas - quer mais.
Faz de mim Mulher.

like a cover sleeve


If You ever miss me.

battle for the sun

Ontem...

encontrei o sol.

muito pouco



'E muito pra mim é tão pouco.
E pouco é um pouco demais.

Muito pra mim é tão pouco.
E pouco eu não quero mais.'

A única - Maria Rita a usar a minha alma

aviso à embarcação



'Eu não sou boa nem quero sê-lo.
Contento-me em desprezar quase todos,
odiar alguns, estimar raros e amar um'.


Florbela Espanca

Girl, this is thriller, thriller nightriller night




Deixa um legado.
E merece espaço neste meu espacinho ;)
(saudades de quando sabia esta coreografia de trás para a frente)

a alice e o labirinto


Encruzilhada.

Estarrecida.
Perdida.
Baralhada com o que os doutos chamam de O martírio da espera [que passe, que não passe].
Enquanto tudo ou nada [?] é possível....


...aguardo a tranquilidade de saber a vida curta demais para te amar.
Procuro-me no caminho.

a obra-prima da minha ira



I wanna hear what you have to say about me
Hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
What the hell do you want?

I want you here
'Cause nothing is taking me down, down, down
Except you my love. Except you my love.

retrato de uma história

Jardins de Sintra

Era uma tarde daquelas, iguais a tantas outras que, sendo sempre iguais a outras tantas, nada têm de mágico. Era uma dessas tardes. Hoje entendo o por quê de ter sido tão única [estava à tua espera]. Chegaste. Sentei-me ao teu lado. Deste-me um beijo. Não daqueles beijos que sabem a primeiro. Aqueles iguais a tantos outros que a rotina habituou a dar. Hoje matava por um beijo igual aquele [igual a tantos outros]. Com um sorriso [banal - o que de mais doce senti] disseste-me ter comprado um livro do Oscar Wilde. Perguntaste-me se eu gostava. Não precisei de responder e sorri. Senti que não ias gostar.

Esta noite calma e vazia e só e cheia de tanto e sem nada, pergunto-me se gostaste. Remoo a pensar se gostaste de frases como 'A vida é apenas um espaço de tempo horroroso cheio de momentos deliciosos', ou como

'Acredito que se um homem vivesse a sua vida plenamente, desse forma a cada sentimento, expressão a cada pensamento, realidade a cada sonho, acredito que o mundo beneficiaria de um novo impulso de energia tão intenso que esqueceríamos todas as doenças da época medieval e regressaríamos ao ideal helénico, possivelmente até a algo mais depurado e mais rico do que o ideal helénico. Mas o mais corajoso homem entre nós tem medo de si próprio. A mutilação do selvagem sobrevive tragicamente na autonegação que nos corrompe a vida. Somos castigados pelas nossas renúncias. Cada impulso que tentamos estrangular germina no cérebro e envenena-nos. O corpo peca uma vez e acaba com o pecado porque a acção é um modo de expurgação. Nada mais permanece do que a lembrança de um prazer, ou o luxo de um remorso. A única maneira de nos livrarmos de uma tentação é cedermos-lhe. Se lhe resistirmos, a nossa alma adoece com o anseio das coisas que se proibiu, com o desejo daquilo que as suas monstruosas leis tornaram monstruoso e ilegal. Já se disse que os grandes acontecimentos do mundo ocorrem no cérebro. É também no cérebro e apenas neste que ocorrem os grandes pecados do mundo'.

Sabes, foi também ele que escreveu... 'Se não demorares muito, posso esperar por ti toda a vida'.

Nessa noite alcancei 'o outro lado do jardim' quando me agarrei a ti.

2 tardes | 3 noites | recordo retrato com imagem definida | melodia com todas as notas.

long nights



I'll take this soul that's inside me now
Like a brand new friend
I'll forever know

I've got this light
And the will to show
I will always be better than before


"Happiness only real when shared" Into the Wild

notas...




... como no cinema e na música.

sus [INS] piro


'Porque tudo na vida pode ser um filme,
tudo na Vida pode ser como no Cinema.'

P.P.

[imagens, sons e palavras na minha história que se confundem no 'enquanto...']


Tiananmen Square | 5 de Junho de 1989



20 anos após o massacre de Tiananmen.
Precisamos todos os dias de um 'Tank Man'.
O século XX. Os direitos humanos.



em memória das vítimas que não podem ser esquecidas

essa loucura foi paz



...
(onde foi?...)

o meu cinema...

Novidades em:

http://womaninthechair.blogspot.com

o top cinematográfico


Já se torna cansativo estar sempre a falar em cinema, não é meus amigos? :) Mas, enfim, não há como evitá-lo. Teatro e cinema, paixão de longa data - das poucas que acabam no final da vida.

O amigo Freddy inspirou-me com o seu top de cenas cinematográficas (agora é que ele fica impossível, de peito inchado!), pelo que vou tentar fazer uma coisa parecida. Não igual porque não consigo competir e o 'Star Wars' não faz parte da minha lista :D

Normalmente, todas as minhas cenas favoritas, correspondem aos meus filmes de eleição. Alguns, por serem brilhantes, outros porque me surpreendem, outros porque, ainda que não sejam nada de extraordinário, são muito bem interpretados, têm um grande argumento, ou uma realização fantástica... outros porque marcaram a minha história :)

Como tal, vou começar pelos mais recentes, pela imensa incapacidade que tenho de, no momento, fazer uma lista inferior a 20, pelo menos :)

Aguardem, e façam o favor de dar uma espreitadela a www.zonafranca.pt. - cultura boa :)

freeze the time



"They say when you meet the love of your life, time stops and that's true."

make you feel...something



The storms are raging
On the rolling sea
And on the highway of regret
Though winds of change
Are throwing wild and free
You ain't seen nothing
Like me yet

todas as ruas do amor



CHEIRINHO A PORTUGAL!

um cavaquinho, uma flauta,
um acordeão, uma guitarra portuguesa
assim dá gosto mostrar as quinas! :D

just once

And games that never amount
To more than they're meant
Will play themselves out



Falling slowly, eyes that know me
And I can't go back
Moods that take me and erase me
And I'm painted black
You have suffered enough
And warred with yourself
It's time that you won

já há muito tempo que não vibrava
assim com um grande filme
recomendo

'quando for grande quero ser...


'juíza, para pôr os maus na cadeia' dizia uma Lau de 5 anos...

Pois...
sinto-me irritada, irada com a vida, se calhar um estado acentuado por ter ficado a 'trabalhar' até às 5 da manhã - sim, são cinco da manhã. E, como tal, e porque esgotei o meu pequeno núcleo de amigos que perdem paciência a ouvir-me, resolvi vir aqui para o meu cantinho cuspir meia dúzia de coisas. Desde já explico os parêntesis e o itálico Não, não se trata de práticas sexuais tardias, mas sim de uma transcrição de duas testemunhas i-ta-li-a-nas, com um intérprete exausto (como eu o entendo) que faz os possíveis para conseguir traduzir o que as criaturas dizem, sempre naquele tom 'cantado', como se tudo corresse bem na vida em Itália. [podem estar pelas ruas da amargura que me parece sempre que estão a cantar uma melodia qualquer :)] - 'a Drª estudou italiano, não foi? Então percebe melhor ainda...' - bota.

Ora, ao que tudo indica, e até agora, isto já parece um grave problema - transcrever inquirições de testemunhas. Ora vamos lá então reflectir... Tirei um curso, gosto do Direito, pedi aos anjinhos para que o meu primeiro processo não fosse relacionado com Reais nem com Societário [calhou-me propriedade horizontal, e horas a estudar se uma varanda é considerada parte comum ou exclusiva - sumário: é magia, ninguém sabe, ninguém tem a certeza], gosto de fazer petições, contestações, recursos, coisas de advogados, as coisas mais insignificantes e fáceis que para nós, advogados-estagiários, são dádivas. Estou a transcrever inquirições de testemunhas. Sou, basicamente uma 'Drª' com sorte. Para quem não sabe, e ainda bem que não sabe..., é pegar numa gravação manhosa e transcrever linha por linha em suporte papel. Uma pinta.
Ora, com respeito a todos os doutos e ilustres advogados da nossa praça, com muito muito respeito [ainda não fiz o exame de Deontologia, mas já sei o que quer dizer], tenho apenas uma coisa a dizer : isto não se faz.

Ponto dois: a qualidade do som e os microfones comprados em segunda mão, quiça a um arguido - valha-me... Para os leigos no Direito e nestas coisas [Abençoados!] informo que, para além de termos que ouvir aquelas fracções de segundo vezes sem conta para tentar perceber as palavras por trás de um ruído estranhíssimo, como se estivessem a esfregar a porcaria do microfone, e - pasmem-se - as músicas que estão a passar na rádio (:|), reviro os olhos sempre que falam acima de x décibeis, em que parece que o pc e os meus ouvidos vão explodir. Estou, portanto, bastante satisfeita por ter passado dia e meio a ouvir 2 horas. Só faltam mais duas.
Nota: na última hora a testemunha falou por cima de um 'I need a hero!' da Bonnie Tyler - fantástico, vou ficar maluca.

Ponto três: perdoem-me a minha panóplia de amigos e família magistrados [já sei que vou levar nas orelhas], e já sei também que, graças a Deus não são todos iguais [nem os advogados!], mas tanta 'Excelência', 'se Vossa Excelência o permitir' e (a melhor) 'Sr. Dr., com a devida vénia' tiram-me do sério. Não basta dizer só no início e o juíz já fica a perceber que os advogados reles o respeitam muitíssimo?! Eu gostava que me tratassem um dia em tribunal, por 'Sua Excelência Ilustre Advogada' - afinal de contas, também tirei um curso de Direito :p
Com a devida vénia senhores.... :)

Estou a ficar sem neurónios e pior,
nem eles estão a gostar da causa da morte.
A tentar descontrair... I need a hero!




F.E.E.L.I.N.G.C.A.L.L.E.D.L.O.V.E.


What is this F.E.E.L.I.N.G.C.A.L.L.E.D.L.O.V.E.

Why me, why you, why here, why now
It doesn't make no sense no. It's not convenient no
It doesn't fit my plans no
It's something I don't understand
F.E.E.L.I.N.G.C.A.L.L.E.D.L.O.V.E


Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar

Pelo tamanho das ondas

Conto não voltar

Parto rumo à Primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei nem nada
Do que em mim tocou

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha

Paro p'ra sentir


Eu vi,mas não agarrei!!

Minha querida, enquanto houver estrada, seguimos sempre cheias de nós 'rumo à maravilha', que como tão bem sabemos e tratando-se de quem é, pode ser sempre qualquer coisa, desde que pertinho de ti.
Seja num monte, seja a comer rissóis de madrugada, seja à custa do gin e da vodka, seja no colinho a chorar um pouco,... seja a fumar, a rir, ver fotos, ler diários, andar de patins, escrever bilhetes.
Porque a minha existência sabe melhor assim - és um cheirinho de céu, minha Capitã Romance.
amor-perfeito-como-alma-gémea

two



It takes two when it used to take one

'Because we have a moment here, let me tell you that I have recently become a secret connoisseur of 'last looks'. You know the way people look at you when they believe it's for the last time? I've started collecting these looks.'
Elizabethtown | 2005


regina quintanilha



Porque o conhecimento nunca prejudicou ninguém...

Regina Quintanilha foi a primeira Advogada Portuguesa.

A 6 de Setembro de 1910, com 17 anos requer a sua matrícula em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

A 24 de Outubro de 1910 atravessa a porta férrea da Faculdade.

Dela e de todas as mulheres apenas se desejava que fossem esposas obedientes e boas mães. Uma instrução elementar era suficiente.

Regina Quintanilha recebe autorização para exercer advocacia, quando o mesmo exercício era vedado às mulheres, de acordo com o Código Civil de 1867.

Com licença certificada pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, veste a toga no Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, a 14 de Novembro de 1913.

Foi a primeira mulher a exercer funções como Conservadora do Registo Predial.

Sob a névoa de mentalidades que ainda não se encontravam preparadas para aceitar a afirmação feminina, são várias as vozes portuguesas que não hesitam em denegrir a imagem das mulheres que exercem uma profissão liberal.

Regina Quintanilha parte rumo ao Brasil. Colabora na Reforma da Lei Brasileira, e estabelece escritórios no Rio de Janeiro e em Nova Iorque. É Advogada de várias empresas francesas. Anos mais tarde volta a Portugal.

Falece a 19 de Março de 1967 na sua residência em Lisboa.

Actualmente as mulheres encontram-se em maioria na área de formação do Direito, embora continuem em minoria na carreira docente.

Feminismos muito à parte, que no séc. XXI não há tempo para estas coisas, hoje celebro a minha admiração por todas as mulheres com carreira na área do Direito, em especial às MINHAS MULHERES JURISTAS, que são simplesmente as melhores.

'Pode-se graduar a civilização de um povo pela atenção,
decência e consideração com que as mulheres são
educadas, tratadas e protegidas'

Marquês de Maricá

não é fácil

clap clap clap!

Um dos MOMENTOS da minha semana - Mickey Rourke (The Wrestler) - Globo de Ouro Melhor Actor | Categoria - Drama:




Outro MOMENTO da semana - Bruce Springsteen 'The Wrestler' - Globo de Ouro Melhor Música Original | The Wrestler de Darren Aronofsky ;)

The Wrestler - Bruce Springsteen

These things that have comforted me, I drive away
This place that is my home I cannot stay
My only faith's in the broken bones and bruises I display

Have you ever seen a one-legged man trying to dance his way free?
If you've ever seen a one-legged man then you've seen me

so...turn! turn! turn!




Life is like a box of chocolates. You never know what you're gonna get.


A time to build up, a time to break down
A time to dance, a time to mourn
A time to cast away stones
A time to gather stones together

entretanto...aceito caixas e caixas de chocolates
só para ver se acerto

the highway


I am not your rolling wheels
I am the highway
I am not your carpet ride
I am the sky
I am not your blowing wind
I am the lightning
I am not your autumn moon

'muito, meu amor'

I never want to see you unhappy
I thought you'd want the same for me



Há uma espécie de 'saber bem' na noite de hoje. Foi um entorpecimento de sentidos que esqueci na memória quando mais me doeste...
uma sensação invulgar e não estranha.
Apenas sal familiar, analgésico e um estimulante que reconheço (receita que pensava ter deitado fora). Dou-me conta que já havia esquecido como doía. Reconheço que amei mais do que o meu abraço conseguia alcançar. Que o meu beijo foi mais doce e uns lábios amargurados não são doces. Que as palavras foram mais, foram maiores porque não estavam habituadas. Porque foi tudo tão alto e eu sou pequena e acho que, ainda assim, posso chegar ao topo de tudo.
Sinto muito e tanto.
Foste-me uma história, foste-me uma prece. Um exagero que lamento. A rapariguinha continuará a ser pequenina, linda guerreira...uma tonta...assim.
Um dia ouvirá 'Foste assim'

E a ela responderei - Meu amor, não existem histórias de amor. Só o amor a fazer história [?]


You took my hand and danced with me
Images

I should've known you'd bring me heartache

Almost lovers always do

perguntaram-me hoje qual a 'história'...

...esta:

E a música - esta:

Tema de Lara - Frank Pourcel

Não existe nada mais bonito.
Sonhei ser Lara, só por segundos...