Weekend off.
Week on.
Christmas time.







Curioso: como a escrita é fácil e crua e bonita quando a tristeza aparece. Curioso também: é quando nem isso se consegue fazer. Quando olhar, ouvir e ler são murros no estômago bem maiores do que um 'vai à merda'.

no [a] final



Há uma razão óbvia para o facto de todas as mulheres gostarem de uma história feliz ou daquele amor levado ao extremo do ridículo nos filmes. No cinema e no sofá eu torço as pernas e encolho-me e sorrio envergonhada.   É a mesma razão pela qual todas as mulheres gostam sempre de alguma coisa relacionada com o termo 'lindo', como o 'enroscar-se' durante a noite a um corpo quente que a abraça e que faz a protegida sorrir.

Pensando bem, dançar no meio da rua sem música e uma flor parece fácil de entender.
No final é só porque queremos que ele seja feliz. Mesmo depois destas lutas.

Billie Holiday

try it closer

You can trust it like your meanest friend
It don't suck up, it don't pretend
Like a big slow motion accident
It will fuck you right up in the end.
 
Now watch it.
 
dEUS

free love

Fotografia © Robert Altman

"Crazy for thinking that my love could hold you, 
I'm crazy for trying and crazy for crying 

and I'm crazy for loving you."

mais ou menos


 "Se sou mais que uma pedra ou uma planta? NÃO SEI. 
SOU DIFERENTE.
NÃO SEI O QUE É MAIS OU MENOS."
Alberto Caeiro


my home



Todos podem oferecer felicidade.
todos [ - ] eu.

'coração do dia'


[...] era pouco o que tinha, | pouco o que dava, | mas também só queria | partilhar | a sede de alegria | — por mais amarga. 
Eugénio de Andrade

"Life is what happens while you are busy making other plans"


| ' I was dreaming of the past. And my heart was beating fast. I began to lose control. I didn't mean to hurt you, I'm sorry that I mad you cry. I didn't want to hurt you, I'm just a jealous guy. I was feeling insecure, you might not love me anymore. I was shivering inside. I was trying to catch your eyes, through that you were trying to hide. I was swallowing my pain.' |


...and still swallowing my pain.
 
   
To touch,
                                                 to move,
  To inspire -

- this is the true gift of dance.
Aubrey Lynch
foto: Lois Greenfield


young hearts run free

Foto de mico, in olhares.aeiou.pt

Tocou a campaínha do recreio. No meio da barafunda de guinchos e gritos saí para saltar à corda com as minhas amigas. Ele jogava à bola com os rapazes. Tinha o cabelo loiro e uns olhos grandes. Verdes. - Não tenho coragem - Tinha as calças coçadas nos joelhos e cheirava bem. Não sabe o meu nome e nunca me ofereceu metade do pão com queijo que comia todos os dias no recreio. Na aula de ginástica foi o meu par. Tínhamos que fazer o pino e ele segurou-me nas pernas. Disse "Não te deixo cair". Mas nunca soube o meu nome. Quando a aula acabou soou a campaínha e senti-me enjoada - Não tenho coragem - Corri até ele que fugia atrás dos amigos. Disse: "Toma". E ele agarrou no pedaço de papel. "Respondes-me amanhã".

Queres namorar comigo?
- sim
- não
- talvez

Sim. Ele não sabe o meu nome e não me deixa cair.