a elegia do mimo


Em tempos conturbados, senti uma necessidade quase absoluta de colocar o PC no colo e falar sobre o mimo.

Que luta temos nós de travar contra este sentimento manhoso e tão arrebatador que nos invade a espinha e nos consome o cérebro... Desesperamos sem mimo. Faz-nos falta. As 24h do dia sabem melhor quando sabemos que no final nos deitamos no sofá e temos o mimo.
Beijos são fantásticos, sexo é extraordinário [a criação mais soberba de Deus e dos Homens]. Mas o mimo... Deixarmos encostar a nossa cabeça num ombro. Deixar dedos a tocar o cabelo. Abraços apertados. Beijos na testa. Beijos no rosto. Massagens nas costas, massagens nos pés. Cócegas. MIMO. Certo é que após o mimo, o sexo é óptimo. E continua a ser óptimo se depois do sexo vier mais mimo, até os pelos se eriçarem. Para depois possivelmente haver mais sexo.

Falo de cor de sentir[es] que já não me recordo.
Costumam dizer que sou mimada. Não sou. Tenho é uma fome incansável de mimo. Uma paz que não sossega e que - apenas - quer mais.
Faz de mim Mulher.