Ainda a viver um turbilhão de sentimentos e de emoções, dei por mim a pensar em 'relações'. No afecto que envolve o meu 'eu' por tanta coisa e por tantos. Na discrepância entre elas, quando comparadas e na dimensão tão gigantesca que faz bater o coração veloz.
Uma espécie de correntes que me ligam a tanto e a sensação de gostar de estar presa. Relações que são lembradas nos piores momentos, e por vezes, esquecidas e perdidas numa rotina diária que nada tem de diferente, e só vai desgastando aquilo que o tempo já destrói. Não precisamos nós de ser mais espontâneos? Até onde vai uma qualquer relação quebrada pelos horários e pelos compromissos? Qual é o limite? Quando nos apercebemos que, de facto, esquecemos que amamos alguém?
Quem de nós tem o direito de se achar adquirido? Quem de nós tem o direito de adquirir depois de esquecer? Numa confusão de papéis instalados à minha volta, em que tanto se fala em direitos, em deveres, em obrigações, em prestações, em constitucionalidade de direitos, acabei de criar um :
(nº1) ' Todo o cidadão tem o dever de amar incondicionalmente todo aquele que o coração permitir, independentemente da raça, religião ou sexo, por tempo indeterminado, até alcançar o nível de satisfação, felicidade plena e realização pessoal'; (nº2) 'O dever preceituado no nº1 do mesmo artigo, abrange compromissos relativamente à marcação de cafés, jantares com os amigos, alto nível de ingerência de álcool, consumo de estupefacientes com os amigos ou com o(a) namorado(a), lanches, almoços, ver televisão, ver um filme e comer pipocas, vestir pijamas e conversar a noite inteira, e rir'; (nº3) 'Por "tempo indeterminado" entende-se até ao sempre.'
Isto é aquilo que não me esquecerei de cumprir à regra, para que um dia, em que me restem apenas memórias, não haja um um único momento em que não me ria a pensar em Vós - 'as nossas relações'.
'Mais tarde, naquele dia, pus-me a pensar em relações. Há aquelas que nos abrem a algo de novo e exótico...aquelas que são antigas e familiares...aquelas que nos trazem muitas questões...aquelas que nos levam a lugares inesperados...aquelas que nos levam para longe do nosso começo...e aquelas que nos trazem de volta. Mas a relação mais empolgante, desafiadora e significativa é aquela que temos connosco mesmos. E, se encontrarmos alguém que ame 'eu' que nós amamos...bom, é simplesmente fabuloso.'
(Sex and The City - o que mais podia ser?! :))
finding neverland - a walk to remember
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2 comentários:
Técnica legislativa invejável...não serás tu o génio do direito?!
Para tal, teria que fazer frente ao maior génio jurídico que conheço, e não estou em condições de competir perante tal :) amo tu!*
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