"Amor. Amor. Amor, gostava de dizer esta palavra até gastá-la ainda mais. Amor, gostava de dizer esta palavra até perder ainda mais o seu sentido. Amor. Amor. Amor, até ser uma palavra que não significa nem sequer uma ilusão, uma mentira. Amor, amor, amor, nem sequer uma mentira, nem sequer um sentimento vago e incompreensível. Amor amor amor, até ser nem sequer uma palavra banal, nem sequer a palavra mais vulgar, nem sequer uma palavra. Amoramoramor, até ao momento em que alguém diz amor e ninguém vira a cabeça para ouvir, alguém diz amor e ninguém ouve, alguém diz amor e não disse nada. Sozinho, diante da campa. O amor é a solidão."
José Luís Peixoto
in «Uma Casa Na Escuridão»
2 comentários:
não sei com que é que me arrepiei mais, se com a música, se com o texto, Com o post, certamente!
beijo minha querida
A grande dicotomia do amor é que ele ou é tudo ou é nada.
Não te preocupes querida, promete apenas que escreverás sobre ele quando for felicidade ao invés de solidão... quando for tudo.
Só para lhe fazer justiça.
Beijo
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