she's turning blue



Como sinto a falta de um céu azul,...sinto a falta de uma lua azul,...sinto falta da minha vida a saber a azul...

...e o cansaço apodera-se...

'Call an optimist, she's turning blue
Such a lovely color for you
Call an optimist, she's turning blue
While I just sit and stare at you'

my catch

sinto o cheiro de lilazes....:)

Ainda a viver um turbilhão de sentimentos e de emoções, dei por mim a pensar em 'relações'. No afecto que envolve o meu 'eu' por tanta coisa e por tantos. Na discrepância entre elas, quando comparadas e na dimensão tão gigantesca que faz bater o coração veloz.
Uma espécie de correntes que me ligam a tanto e a sensação de gostar de estar presa. Relações que são lembradas nos piores momentos, e por vezes, esquecidas e perdidas numa rotina diária que nada tem de diferente, e só vai desgastando aquilo que o tempo já destrói. Não precisamos nós de ser mais espontâneos? Até onde vai uma qualquer relação quebrada pelos horários e pelos compromissos? Qual é o limite? Quando nos apercebemos que, de facto, esquecemos que amamos alguém?
Quem de nós tem o direito de se achar adquirido? Quem de nós tem o direito de adquirir depois de esquecer? Numa confusão de papéis instalados à minha volta, em que tanto se fala em direitos, em deveres, em obrigações, em prestações, em constitucionalidade de direitos, acabei de criar um :

(nº1) ' Todo o cidadão tem o dever de amar incondicionalmente todo aquele que o coração permitir, independentemente da raça, religião ou sexo, por tempo indeterminado, até alcançar o nível de satisfação, felicidade plena e realização pessoal'; (nº2) 'O dever preceituado no nº1 do mesmo artigo, abrange compromissos relativamente à marcação de cafés, jantares com os amigos, alto nível de ingerência de álcool, consumo de estupefacientes com os amigos ou com o(a) namorado(a), lanches, almoços, ver televisão, ver um filme e comer pipocas, vestir pijamas e conversar a noite inteira, e rir'; (nº3) 'Por "tempo indeterminado" entende-se até ao sempre.'

Isto é aquilo que não me esquecerei de cumprir à regra, para que um dia, em que me restem apenas memórias, não haja um um único momento em que não me ria a pensar em Vós - 'as nossas relações'.

'Mais tarde, naquele dia, pus-me a pensar em relações. Há aquelas que nos abrem a algo de novo e exótico...aquelas que são antigas e familiares...aquelas que nos trazem muitas questões...aquelas que nos levam a lugares inesperados...aquelas que nos levam para longe do nosso começo...e aquelas que nos trazem de volta.
Mas a relação mais empolgante, desafiadora e significativa é aquela que temos connosco mesmos. E, se encontrarmos alguém que ame 'eu' que nós amamos...bom, é simplesmente fabuloso.'
(Sex and The City - o que mais podia ser?! :))

finding neverland - a walk to remember




a mão que me ampara


Mais um aniversário passou, e mais uma vez, rápido demais..rápido demais para sequer me dar conta, e lento demais, quando olho para trás e revejo imagens e a nostalgia toma conta de mim..
Certo é que, os nossos dias só são diferentes porque há sempre alguém que os torna diferentes, ou então porque mudamos a rotina...foi um dia igual a tantos outros, acompanhado por uma imensa tosse, por leis, artigos e folhas que não acabam mais,...e sem os amigos...custa um bocadinho, mas prometo compensá-los, assim como tenho a certeza de que entendem o que digo.

Sempre apaixonada por tudo, ainda mais apaixonada fiquei por me dar conta da vida que tenho. Se merecedora ou não, não faço a minha ideia, mas que sabe muito bem, sabe. Quando algo me sabe bem, costumo dizer que 'sabe a gelado de limão' - hoje digo que a minha vida é um enorme gelado de limão!! Se o é, e embora a idade corra para a frente e nem metade dos objectivos estejam cumpridos, devo-o a imensos corações que me enchem o sorriso..devo-o a momentos com amigos que me enchem os olhos e completam a minha memória de tantos minutos felizes,outros tristes, que recordo sempre com saudade.
Aos amigos: obrigada pelas mensagens, e por transformarem em palavras um sentimento tão puro como a amizade. Obrigada pelos sorrisos, obrigada pelos imensos beijos, e obrigada por simplesmente ficarem em mim.
À família: obrigada por mais um aniversário igual a tantos outros que nunca perde a piada! e as prendas, as prendas!!!!
À Tuna: obrigada por não se esquecerem, e por todos os pequenos momentos. Levo-vos para a vida.

Mas, a ti, em especial, à 'mão que me ampara' - que se dizer quando não há palavras? Que se dizer quando transformas o meu ninho num castelo encantado? 'você me pergunta pela minha paixão, digo que estou encantada como uma nova invenção': uma donzela babada com mil surpresas e enternecida com tanto mimo. Se sou merecedora? Claramente que não, por isso, obrigada também por teres passado essa parte à frente...se soubesses um pouco do quão grata te estou...por tudo e mais alguma coisa - foste o único...e que momento mais lindo*

gosto de estar assim
'deste-me a vida num beijo'


toda a mafalda 14-11-2001


Em tantos dias iguais a este...hoje foi diferente. Hoje as lágrimas escorreram de uma saudade sem fim...palavras:

Gosto de lápis. De cadernos. Das minhas coisas arrumadas. De desarrumar. Gosto de dormir e de dançar. De dar beijos ao som de músicas conhecidas para me sentir nos anúncios da TV. De olhos verdes. Gosto de saber letras de cor. De uma certa raiva nas letras. De me cansar. E este post é para mim, que transbordo de mim na minha vida.

Por que fez hoje 6 anos...porque as datas continuam a matar-me, por que foi há 6 anos que te fiz um pedido tão grande, e o teu coração gigante aceitou. Por que quando compro sapatos me lembro de ti. Por que sinto falta de te ver sorrir e dançar. Por que gostava que quando me dizem que sou tu em miniatura, falassem a sério. Por que as lágrimas rolam quando leio Vinicius e tu não estás perto de mim para as partilhar. Por que nunca vais saber o tamanho amor que tenho por ti. Por que és a melhor de entre as melhores. Por que há calçadas na Ribeira com o teu cheiro. Por que marcaste a minha vida de um jeito só teu...

por que a saudade é qualquer coisa de imensa
minha madrinha,...

Poder dormir
Poder morar
Poder sair
Poder chegar
Poder viver
Bem devagar
E depois de partir poder voltar
E dizer: este aqui é o meu lugar

V.M.



rewind


Como gostava de ter um dom e uma palavra para poder, com uma caneta, soltar um suspiro que fizesse o papel esvoaçar com o sabor do vento.

Como gostava de ter um ponteiro de minutos e outro das horas para poder mexer no tempo e recuar umas míseras horas. Ou então um truque de magia...também podia ser.

Tenho tanto guardado para te dar, tanto de mim que te quero oferecer e só as horas não ajudam, os minutos são maus, e os segundos de uma crueldade sem tamanho,... - e queria a eternidade para nós. O meu egoísmo sobrepõe-se a isto. Só quero nós e não me apetece mais nada.

Gosto do silêncio entre nós, como gosto do abraço apertado, como te gosto a ti, sem fim.

SIM


ausência


' Eu deixarei que morra
em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.'


Vinicius de Moraes

Nada deixa que eu deixe morrer e não há espadas nem adagas que me façam lutar.
Prostrada, assisto.
ad finem


como a tempestade tropical


A minha área de instabilidade geográfica foi afectada. Uma nuvem preta e imensa paira sob a minha cabeça e teima em não ir embora.
Como um paraíso tropical, a vida, repleta de sol e de aromas que convidam a saborear cada dia diferente do de ontem, foi abruptamente agitada pela tempestade, que surge sem aviso e sem um sinal que seja, para tomar as devidas precauções. O instituto de meteorologia é um incompetente e esqueceu-se de me avisar. Que me amanhe agora. Quem me manda ser lorpa?! Devia ter ouvido os sábios cá de casa quando dizem 'Dói-me o joelho, vai pôr-se temporal!'. Ora, a esta altura dói-me tudo. Se ainda fossem só os joelhos, era uma sorte..

A atroz mania de sorrir dá cabo de mim. E agora, é tudo muito mais complicado. Erguer de novo paredes, muros, e construir um caminho para um bunker longe, e seguro para ficar protegida. E mesmo assim, já apanhei com uma rajada com muita força que me fez tombar. Mais uma vez, levantar e seguir. Sempre tive uma espécie de pavor a relâmpagos e trovoada, mas agora posso dizer, com toda a franqueza, que fico em estado letárgico, e nem me consigo mexer.

Se percebesse alguma coisa de meteorologia,...não tinha levado com as primeiras gotas de chuva, não tinha levado com a rajada de vento,...e por pouco que a árvore não me caiu em cima. Matava-me,...oh, que pena.

a sensação de morta estar