Receita para o
'enquanto':
- Manter ambos os pés no mesmo sítio. Não um à frente e outro atrás.
- Esquecer feridas, ignorar quando a cicatriz arde na pele, não lembrar do 'quanto doeu'.
- Apreciar a doçura de um sorriso.
- Responder a mensagens, enviar cartas e e-mails e ligar quando bem apetecer.
- Dançar antes e depois de tudo, a qualquer hora (ainda que pareça estranho).
- Ficar horas em silêncio e apreciar cada um dos 60 minutos.
- Abraçar, pelo menos, 20 vezes por dia.
- Começar o dia com um beijo.
- Não remoer palavras.
- Acordar serena.
- Enviar os textos que escrevi para quem os escrevi.
- Sonhar acordada e não fugir.
- Sentir saudades e ignorar as borboletas no estômago.
- Gostar hoje e gostar mais amanhã.
Odeio planos. Odeio prazos. Odeio horas certas. Como tal, não faço ideia do
'amanhã' nem fico demasiado inquieta com tal. Não gosto do
'se', odeio o
'talvez'. Menos gosto do
'amanhã, talvez'.
Por isso, quero andar na corda bamba e quero saber que nada é meu - com a certeza de dar e ir de coração aberto [se é que ainda me lembro].
Chegou o Outono e mudei de ideias. Afinal gosto de planos.
Enquanto for só ternura de Verão | Eu vou | Enquanto a excitação der para um carinho | Eu dou| Traz uma leveza | Ah, mas com certeza| Eu dou | Um outro melhor bom dia | Mas não ficará só a sensação de cor | Nem sei o que o coração irá dizer de cor | Se o Inverno for, depois, duro demais.