todas as ruas do amor



CHEIRINHO A PORTUGAL!

um cavaquinho, uma flauta,
um acordeão, uma guitarra portuguesa
assim dá gosto mostrar as quinas! :D

just once

And games that never amount
To more than they're meant
Will play themselves out



Falling slowly, eyes that know me
And I can't go back
Moods that take me and erase me
And I'm painted black
You have suffered enough
And warred with yourself
It's time that you won

já há muito tempo que não vibrava
assim com um grande filme
recomendo

'quando for grande quero ser...


'juíza, para pôr os maus na cadeia' dizia uma Lau de 5 anos...

Pois...
sinto-me irritada, irada com a vida, se calhar um estado acentuado por ter ficado a 'trabalhar' até às 5 da manhã - sim, são cinco da manhã. E, como tal, e porque esgotei o meu pequeno núcleo de amigos que perdem paciência a ouvir-me, resolvi vir aqui para o meu cantinho cuspir meia dúzia de coisas. Desde já explico os parêntesis e o itálico Não, não se trata de práticas sexuais tardias, mas sim de uma transcrição de duas testemunhas i-ta-li-a-nas, com um intérprete exausto (como eu o entendo) que faz os possíveis para conseguir traduzir o que as criaturas dizem, sempre naquele tom 'cantado', como se tudo corresse bem na vida em Itália. [podem estar pelas ruas da amargura que me parece sempre que estão a cantar uma melodia qualquer :)] - 'a Drª estudou italiano, não foi? Então percebe melhor ainda...' - bota.

Ora, ao que tudo indica, e até agora, isto já parece um grave problema - transcrever inquirições de testemunhas. Ora vamos lá então reflectir... Tirei um curso, gosto do Direito, pedi aos anjinhos para que o meu primeiro processo não fosse relacionado com Reais nem com Societário [calhou-me propriedade horizontal, e horas a estudar se uma varanda é considerada parte comum ou exclusiva - sumário: é magia, ninguém sabe, ninguém tem a certeza], gosto de fazer petições, contestações, recursos, coisas de advogados, as coisas mais insignificantes e fáceis que para nós, advogados-estagiários, são dádivas. Estou a transcrever inquirições de testemunhas. Sou, basicamente uma 'Drª' com sorte. Para quem não sabe, e ainda bem que não sabe..., é pegar numa gravação manhosa e transcrever linha por linha em suporte papel. Uma pinta.
Ora, com respeito a todos os doutos e ilustres advogados da nossa praça, com muito muito respeito [ainda não fiz o exame de Deontologia, mas já sei o que quer dizer], tenho apenas uma coisa a dizer : isto não se faz.

Ponto dois: a qualidade do som e os microfones comprados em segunda mão, quiça a um arguido - valha-me... Para os leigos no Direito e nestas coisas [Abençoados!] informo que, para além de termos que ouvir aquelas fracções de segundo vezes sem conta para tentar perceber as palavras por trás de um ruído estranhíssimo, como se estivessem a esfregar a porcaria do microfone, e - pasmem-se - as músicas que estão a passar na rádio (:|), reviro os olhos sempre que falam acima de x décibeis, em que parece que o pc e os meus ouvidos vão explodir. Estou, portanto, bastante satisfeita por ter passado dia e meio a ouvir 2 horas. Só faltam mais duas.
Nota: na última hora a testemunha falou por cima de um 'I need a hero!' da Bonnie Tyler - fantástico, vou ficar maluca.

Ponto três: perdoem-me a minha panóplia de amigos e família magistrados [já sei que vou levar nas orelhas], e já sei também que, graças a Deus não são todos iguais [nem os advogados!], mas tanta 'Excelência', 'se Vossa Excelência o permitir' e (a melhor) 'Sr. Dr., com a devida vénia' tiram-me do sério. Não basta dizer só no início e o juíz já fica a perceber que os advogados reles o respeitam muitíssimo?! Eu gostava que me tratassem um dia em tribunal, por 'Sua Excelência Ilustre Advogada' - afinal de contas, também tirei um curso de Direito :p
Com a devida vénia senhores.... :)

Estou a ficar sem neurónios e pior,
nem eles estão a gostar da causa da morte.
A tentar descontrair... I need a hero!